Páginas

quinta-feira, 24 de junho de 2010

POESIA UM HOMEM SÓ

Foto: Daniel Costa

SENHORA MINHA MÃE

Como se fossem bênçãos do além
Considero muito as mulheres
Fazem-me lembrar a minha doce mãe
Gerou nove filhos
A todos dedicou desvelos
Até a primeira, recordava com carinhos
A Esperança feneceu bebé, criança
Nunca a esqueceu
Ficou sempre como uma doce lembrança
A minha analfabeta mãe
Tinhas o gosto pela vida
Eras terna e inteligente, como ninguém
As árvores conhecem-se pelos frutos
Que delas provêm
Os maridos das tuas filhas
Aceitaram ser teus filhos também
Revelaste-te para eles
Uma segunda, uma terna mulher mãe
Netos dezasseis a ternura
Chegou a eles também
Em vida, bisnetos não conheceste
A abençoá-los estarás porém
Lá no Céu
São todos ainda miúdos aquém
Vejo na minha netita,
O teu sorriso mãe
A tua imaginação, a ternura com teu varão
Continuo a adorar as mulheres, esses amores
Fazem lembrar-me como eras então
Nunca esqueci que adoravas os jarros, as flores

Daniel Costa

2 comentários:

  1. Mãe, mulher, ser sagrado.
    Presente de Deus, eterno amor para com os seus.
    Linda postagem.
    Tenha um ótimo final de semana.
    Com carinho, Lady.

    ResponderEliminar