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terça-feira, 2 de novembro de 2010

POEMA DIAMANTES


DIAMANTES

Histórias mirabolantes
Estão na literatura que conhecemos
Dos cobiçados diamantes
No fundo são as pedrinhas
Que príncipes oferecem a princesas
Também reis ofertavam a amantes
Tudo jogatinas
Em reinos distantes
Polícias, ladrões, espiões, traficantes
Muitos cifrões
Num mundo de burlões
Parece tudo organizado
Num meio de muitas confusões
Para Diamantino, disseram um dia
Num país em guerra
Tudo o que vês é pedra
Não uma pedra qualquer
Esquece, mesmo que tropeces
Numa mais brilhante
Porque tudo é diamante
Nenhuma vês
Pode estar a espionagem
E faz-te a folha de vez
Visitando um museu
Foi como pisasse o chão, o que comoveu
Mais tarde alguém, Diamantino esclareceu
Gananciosos compravam todas as pedras
Que as guerras sustentavam
Porém uma parte
Sendo de diamante, não tinha quilate
Desfaziam-se por entre dedos num instante
E a guerra continuava incessante
Ninguém percebia, só porque têm goela
Proibiam-se animais de capoeira
Talvez disfarçando qualquer asneira
Porque havia discriminação
Julgava-se que para a vida inteira
E os diamantes
Reluzentes, os verdadeiros
Embarcavam para mundos inteiros

Daniel Costa


1 comentário:

  1. Lindo poema *Diamantes*, tão lindo como *Conchinhas*, o primeiro que publiquei na Galeria.
    Beijinhos, querido.

    - Vem ao jardim na primavera, disseste.
    - Aqui estão todas as belezas, o vinho e a luz.
    Que posso fazer com tudo isso sem ti?
    E, se estás aqui, para que preciso disso?

    Jalaluddin Rumi

    Tenha um Lindo Dia

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