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sábado, 20 de novembro de 2010

POEMA A BURRA DO PAI ZÉ


A BURRA DO PAI ZÉ

Burros às filas e a garnel
Havia no concelho de Peniche
Na estrada do Baleal, que vai de Ferrel
Viam-se por toda a direita em fila a caminhar
Quando os burros desempenhavam um papel
Foi ontem, fica o meu testemunho visual
Recordar o ontem no lugar de Ferrel
Em corridas de burros a comemorar
Onde se busca o asinino fiel?
Em Espanha, meus deuses
Mais o pai Zé e seu irmão, o tio Abel
Se até em Ferrel, a partir da adolescência
Quem não detivesse burro
Era rico, ou de homem uma excrescência
Passei e passo muito a Ferrel
Dessas máquinas, que não gastam óleo
Estamos noutro século, sorriam vá lá!
O pai Zé deixou uma no seu espólio
Dizia o pai, burra como esta não há
Saio a cavalo, ela adivinha o que visitar
Sem querelas traz-me para cá
A minha filhota, sua neta
Como pequena petiza displicente
A brincar passou-lhe debaixo
Dono à vista e a burra quieta, obediente
Ficou quieta não se mexeu
Ah!... Pai Zé, como exultaste contente
Já pouco contaste o episódio
Porém, a burra valorizaste efectivamente
Alguém a pagou bem como animal
Muito bom, útil e reverente

Daniel Costa

1 comentário:

  1. é verdade Ferrel é ou era a terra dos burros, e é uma pena que eles estejam em vias de extinção
    beijinhos

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