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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

POEMA A VELHINHA



A VELHINHA

Adorava dançar o baião
A velhinha ainda era mexida
Atrevida, como fazer então?
Idosa, ares de vedeta muito meiga
Os peros que tinha à mão
Distribuía pelos netos
Ela e eles mostravam satisfação
Todo o mundo adorava a velha
Sempre alegre, chamava a atenção
O diabo da velhinha
Não deixava de sonhar com o baião
Sempre alegre, vivia
Se lhe ofereciam um copo de vinho
Não bebia, sempre respondia
Do mundo do filho dispunha
Um mundo que fora dela, ali vivia
Uma casa muito bacana
Apetrechos do campo possuía
Tinha uma pequena adega
Cascos com vinho havia
Na sua disposição
Jamais se mexia
Aconteceu mudança, arrumação
Viraram os cascos naquele dia
Estava um furo tapado com um torno
Apareceu a fonte onde a velhinha bebia
A explicação era esta
Para tanta folia
Que a simpática velhinha
Ainda que já alcachinada exibia

Daniel Costa


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