SENHORA DA BOA VIAGEM
Na varanda marquei Peniche e Berlenga
Posso parecer tolinho alucinado
Explico, haverá quem entenda
Se o vento sopra do norte
Olha-se a ilha levanta-se a tenda
Não chove, vê-se longe a Berlenga
No campo semeia-se o trigo
A ausência de chuva não será lenda
Do rural campo vem o pão
Do mar da vila o peixe
Depois vem o Verão
Todos em festa agradecem a Deus
Da Senhora da Boa Viagem a intercessão
Junto ao mar, no Alto da Vela
Ali à beira o gozo e a diversão
Festa e folia, pois então
No alto mar passará a procissão
Nos barcos, muitos vamos entrar
Fazer a viagem de adoração
Olhem-nos todos engalanados!...
Flâmulas e miríades de luzes
Nas águas reflectem um vistão
Seguem perfilados, passando o Carvoeiro
A meio percurso da Berlenga
Viram, como apontassem à Consolação
Num segue o andor com a Senhora
Ali vai Soberana, como protectora
Num outro a banda, tocando
Fazendo solene a ocasião
Já no cais a apoteose, com grande animação
Fogo de vista aquático e a emoção
Embevecida a Senhora da Boa Viagem
Preside e pensará:
Adora-me este povão!...
Daniel Costa
Lindo!
ResponderEliminarParabéns.
Bjus
Lindo poema amigo Daniel, uma forma soberba de descrever tão linda festa. Um retrato perfeito de forma oética. Adorei.
ResponderEliminarBeijinho com amizade