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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

POEMAS UM HOMEM SÓ

Serralves, Porto - Portugal
Foto: Isabel Almeida

MUNDOS

Ao meu redor vejo a beleza do mundo
Esse eterno paraíso profundo
Muitos o vêem como abismo sem fundo
Porém é como amar! Ama-se um bem
Afinal não é o que convém?
O meu mundo é de encantar
Sempre aparecem escolhos a desbravar
Se não houvesse uma face a aplainar
Nem haveria o mundo de amar
Teríamos muitas cenas de entediar
Não haveria em que pensar
Olhemos o firmamento
De um lado escuro como breu
Do outro luz, o azul do Céu
Olhemos de frente o escuro como breu
Enquanto não chega a luz que prometeu.
Se não nos mover um objectivo de fé
Tudo passa e nem sabemos o que é
O mundo sempre gira
Estejamos atentos á corda que se nos atira
Vem numa face e sempre mira
Estejamos atentos a esse pedaço de safira
Que nos espera e se nos atira
Não percamos tempo com a mesquinhez
Assim não a vemos, nem talvez
Antes que vá embora de vez

Daniel Costa

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