VELHO ELÉCTRICO
Desembarcando dum Cacilheiro
A primeira vez a Lisboa passei
Chegava do Algarve
Era noite, viajava via Barreiro
Estava a meio de uma odisseia
Uma viagem sem parceiro
Percorri a pé a Rua
Do Terreiro do Paço
Até à Praça da Figueira, primeiro
Aí o Metro tomei
No subterrâneo viajei
A minha primeira vez
No Campo Grande
A ligação ao Eléctrico apanhei
Foi em Novembro
De sessenta e um,
Sempre recordarei
Mais tarde muitas vezes
No velho Carro Eléctrico andei
Lá ia ele prazenteiro
O da Graça
Sempre à roda, num vai e vem
Os da Avenida da Liberdade
Passavam muito também
Praça do Chile, Benfica
Prazeres, Cais do Sodré
Sempre num vai e vem
Estrela, Xabregas, Dafundo
Amoreiras, Morais Soares, Arieiro
Avenida Almirante Reis primeiro
Gomes Freire era, pois ainda é!...
Carnide, Alto de S João
Pois então
Pampulha, Alcântara, Ajuda
Tudo tinha sentido
Eléctricos em qualquer ocasião
Ficaram alguns para turistas
Ainda os elevadores
Da Glória, do Lavra, da Bica
O artístico de Santa Justa
Visões de verdadeiro artista
Carros Eléctricos formavam um mundo
A velha Lisboa
Movimentava-se nos amarelos
Transportes do povo de então
Aqui uma recordação
Daniel Costa
Como é bom recordar... esse elétrico com essas cores já me fez sonhar.:)
ResponderEliminarBeijos.
Que bonito, Daniel! Linda imagem e o poema. Adorei, amigo.
ResponderEliminarCarinhoso beijo